quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Compras na Doce Quimera

   Conheci a loja da Bárbara há um mês mais ou menos pelo canal da Mel Ferraz, do blog Literature-se. Achei os produtos super fofos e decidi comprar alguns para mim para experimentar. Acabei gostando tanto que logo comprei mais coisinhas.
   Os produtos da Doce Quimera são artigos manufaturados pela querida Bárbara com muito capricho e com materiais de qualidade. Todos eles são voltados para os apaixonados pela leitura, como nós. Há capas de livros e e-readers, marca páginas, estojos, flags, bolsas etc.
  Vou mostrar um pouquinho do que comprei e detalhá-los para vocês.
   Comprei duas capas de livros lindíssimas, uma com estampa floral e outra com vários rostinhos felizes. Ambas são acolchoadas, para proteger os livros de impactos, e feitas de um tecido resistente por fora. Por dentro elas são estampadas com bolinhas e têm alcinhas para prender a capa dos livros. Dentro há também um bolso para colocar canetas, postits, etc. As duas abas são presas por um elástico que se enrosca num botão. Havia MUITAS opções de estampas, fica até difícil escolher. Tem de flores, bicicletas, da Jane Austen, geométricas, lisas, ou seja, há para todos os gostos, gêneros e momentos. Só que só há um tamanho padrão, então alguns livros não caberão nessas lindas capas, infelizmente.

   Além das capas super fofas, comprei também um estojo que funciona como marca-páginas. Ele é de tecido branco com estampa colorida. Tem um zíper branco também e dentro segue o mesmo padrão de estampa de bolinhas. Ao redor dele há um elástico que serve para prender as páginas lidas junto com a capa. Ele é super prático, pois, além de marcar em que local do livro parou sua leitura, carrega consigo os grifa-textos, postits, lápis, etc.


   Os dois tipo de produtos vêm com indicação de como lavar, limpar, transportar, num cartão personalizado pela loja. Sem contar que você recebe um marca-página com o logo da Doce Quimera.

  Mas eu fui sortuda demais porque ganhei de presente da Bárbara: uma agenda linda que já está em uso. Pequena, prática, e encapada em tecido roxo, com um marcador embutido para registrar em que semana estamos. Mas o mais legal de tudo foi o bilhete super carinhoso que veio com ela!
  As encomendas feitas podem ser pagas pelo cartão ou por depósito em conta (neste há desconto). E os produtos são entregues por correio. 
   A primeira encomenda que fiz levou apenas três dias para chegar. Já a segunda, por conta dessas infinitas greves, demorou dez. Ainda assim, tudo foi rápido, transcorreu sem problemas, atrasos, nada. Tudo perfeito. Ainda mais porque o sistema do site manda muitos emails atualizando o status do pedido, como "enviado", "finalizado", "recebido", etc. Os produtos vêm super bem embalados. primeiro em saquinhos plásticos individuais e depois numa caixa ou envólucro especial do correio.

  A única coisa que achei ruim foi o preço do frete. Paguei algo como R$15,00. Mas isso pode ser facilmente contornado com uma compra em conjunto, por exemplo. E foi exatamente isso que fiz da segunda vez: comprei artigos para mim, para meu noivo e para uma amiga. Assim tudo pode ser dividido democraticamente e valer ainda mais a pena a compra.


     Fica aqui então uma dica muito boa para quem gosta de artigos de papelaria personalizados, feitos com carinho e capricho e que vão durar muito tempo.

  Só experimentei alguns itens, mas ainda há bolsas com várias estampas, marca-páginas de borracha com mãozinhas que indicam até a linha quem você parou a leitura, capas de e-readers, etc. 
  Indico muito o site e a compra, galera! Minha experiência, pelo menos, foi muito boa!
   Deixo por último um incrível parabéns a Bárbara, porque o talento dela é incrível!




Escrito por Unknown Data: 2/18/2015 12:24:00 PM 1 comentário LEIA TODO O TEXTO!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015


Nasci na época errada

            Esse é um livro que me deu aquele vontade que todos temos de visitar um outro momento histórico e viver pelo menos 15 minutinhos naquele tempo, naquele lugar. O tempo: década de 1920. O lugar: Nova Orleans. O motivo: o jazz.
            O livro é, na verdade, uma coletânea de textos do Vinícius sobre o jazz, escolhidos por Eucanaã Ferraz, professor da UFRJ, quem tive o prazer de ver ao vivo na Flip de 2012 falando sobre Drummond de uma forma tão bela e instigante que me lembrou os tempos felizes da faculdade.
            Eucanaã abre o livro explicando sobre o mundo escravista, especificamente o norte-americano, já que o jazz foi um movimento cultural de raízes negras. Em seguida, conta um pouco sobre a vida do Vinícius, mas apenas os fatos que o levaram a estudar e trabalhar nos EUA, onde conheceu o gênero musical e boa parte dos grandes intérpretes desse estilo. Para só então trazer textos, crônicas do Vininha sobre o jazz.
            A organização se mostrou muito boa, pois as primeiras crônicas falam sobre a criação do gênero, suas diferenças com o blues, com o spiritual e outras tendências da época. Em seguida, há relatos do poetinha sobre seu contato com os grandes músicos quando esteve nos EUA: as melhores lojas de discos a se frequentar, os estúdios de gravação de tapes, as mais badaladas casas de shows. A partir daí, Vinícius emenda sua crítica e experiência com o preconceito e a segregação racial tão fortes em Nova Orleans naquela época, relatando casos de abuso incríveis.
            No final, não podendo fechar de melhor maneira: há poemas de Vinícius sobre o jazz, sua época, o preconceito. E tudo sempre permeado por fotografias do poeta, de músicos, de escravos, de capas de discos, de figuras ilustres da época.

O livro por final é lindo, uma obra de arte que agrada os olhos e a mente. Deveria só ter vindo acompanhado de uma boa coletânea de músicas para ser escutada enquanto dura a leitura.
Escrito por Unknown Data: 2/11/2015 08:28:00 PM 1 comentário LEIA TODO O TEXTO!

Tudo tem limite

            “Outra volta do parafuso” ou “A volta do parafuso”, mesmo livro, muitos nomes, é um daqueles clássicos que você nunca diz que está lendo pela primeira vez, e sim que está relendo, de tão conhecido e aclamado que é. Acho que por esse motivo cheguei a ele com uma percepção já formada, sabendo o que iria achar.
            Este é um dos primeiros livros de suspense; ele apresenta o gênero para o mundo, por consequência, ainda não o tem aprimorado, mas boa parte das técnicas depois usadas por grandes autores como Stephen King e Agatha Christie estão lá.
            O livro é mais uma novela que um romance pela sua pequena extensão, mas já consegue criar muito bem o clima de tensão necessário a qualquer história de suspense. Há uma babá solitária, crianças que parecem boazinhas demais, fantasmas, uma empregada pouco inteligente, um tio que nunca aparece, um mistério no ar sobre a expulsão do menino mais velho da escola e sobre a morte de dois antigos funcionários. E tudo se passa numa mansão gigantesca, cheia de torres e ameias, bem no meio do campo, longe de tudo.
            Mas o que me prendeu de verdade, e o que eu já sabia que seria meu ponto principal de análise desde o começo, foi o foco narrativo. Pelo texto ser escrito em primeira pessoa, seria impossível não desconfiar da narradora. É incrível como toda cena de suspense tem sempre dois pontos de vista: 1. Há um fantasma por ali mesmo, que ela e todos veem, mas ninguém quer tocar no assunto por ser assustador demais; 2. A narradora é louca e só ela enxerga o que não existe de verdade. Esse clima é demais. Mas tudo tem limite. Achei que muitas cenas soaram repetitivas, óbvias, previsíveis. E muitos mistérios ficaram pendurados sem necessidade. Não me apeteceu, como diria minha avó.
            O que vale a pena ser levado em conta mesmo é o cenário social em que o enredo se constrói. Estamos falando da relação entre uma babá pobre, criando e educando duas crianças ricas. Porém, apesar de sua função e maior idade, ela se submete aos jovens o tempo todo, por medo, por necessidade social. O respeito e as opressões a impedem de educar efetivamente as crianças, controlá-las e de descobrir o mistério no final por não poder encará-las e confrontá-las. Senti mais medo pela narradora por conta dos seus patrõezinhos despóticos do que dos fantasmas em si. Incrível como o mundo dos vivos pode ser mais assustador que o dos mortos. Viva a sociedade!


Escrito por Unknown Data: 2/11/2015 08:11:00 PM 2 comentários LEIA TODO O TEXTO!
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