Na
mosca
Sabia que iria gostar dele
mesmo antes de tê-lo comprado. Vi a release do livro no Facebook, numa
divulgação da própria Cia das Letras e não esperei nem 2 minutos para
automaticamente entrar nos sites de livrarias em que costumo fazer compras para
pesquisar o preço. Como achei um tanto quanto caro, decidi esperar.
Mas confesso
que não durou muito a espera. Sabe aquela coceirinha na mão? Pois é. Fui a uma
livraria física no fim de semana e tive que ver o livro com as mãos. E aí tudo
se explicou. Ele é grande, grosso, com papel de boa qualidade, muitas imagens e
capricho maestral. Vi que valia a pena o preço e comecei a ler logo na
livraria, tomando um café e comendo um bolinho.
Saí de
lá lendo o livro e acho que não parei mais até tê-lo terminado, coisa que fiz
em uma semana, creio eu. Por isso acho que não há definição melhor do que
aquela que já está na capa do livro, que ele corresponderia a uma caixa de bombons
literários, porque ele é simplesmente viciante. Você lê uma carta e fala, “ah,
vou ler só mais uma”, e, quando viu, já leu mais quatro.
As cartas
são tão diversas em forma, época de escrita, temática e linguagem que o livro
nunca cansa – a não ser o braço por ficar segurando esse trambolho de um quilo.
Há algumas inusitadas, que te fazem pensar: “Sério que tem gente que faz isso?”,
“Sério que as pessoas realmente mandam cartas para o presidente?”, “Sério que
aquele artista responde as cartas das fãs?”. Porém há outras que não mudaram em
nada minha vida, nem sequer chamaram minha atenção. Mas elas são bem
compensadas.
Algumas
das cartas vêm com seus respectivos fac-símiles. Outras com ilustrações da
editora, com fotos do interlocutores, ou da situação em si, ou da época. Mas o
mais importante talvez seja o box de informação que aparece ao lado da carta,
dizendo quando, onde, por quem, para quem e sob qual circunstância a carta foi
escrita. Sem isso, muitas delas não fariam o menor sentido, pois o contexto é
elementar para seu entendimento.
Há cartas
de fãs para o Elvis; do Elvis para o presidente dos EUA; dos descobridores da
fita dupla de DNA; a carta suicida da Virginia Woolf; outra de grandes
escritores para outros grandes escritores esculhambando seus trabalhos; de
artistas para seus fãs; de pessoas comuns indignadas com a situação do país, da
guerra; de pais para seus filhos com mensagens realmente tocantes; de pessoas
vivas para pessoas mortas... ah... há bombons de todos os sabores.
Melhor definição, Nathalia!!!! Eu adicionei ele a minha lista de Desejados *0*
ResponderExcluirTô doida para ler este livro!! Será minha próxima aquisição...Ótimo artigo!
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